QUANDO A UNIÃO FAZ A FORÇA
“Batistas, juntos na evangelização do Piauí” é o tema de Missões Estaduais 2012. Tema propício. Reflete o tamanho dos desafios: somos o estado mais católico do Brasil – 90,02%; o menos evangélico – 6,02%; 34,2% da população vive na zona rural; os batistas são apenas 0,7% da população; são 71 cidades sem a presença batista; 53 igrejas da CBPI têm menos de 100 membros; 46 igrejas da CBPI nunca plantaram outra igreja. Diante de tão alarmante quadro, você concorda que nossos desafios são gigantescos e que não poderemos vencê-los sem união, sem estarmos juntos?
O dito popular afirma: “a união faz a força”. Pergunto: quando a união se torna força? Quando a união redunda em vitória? Para responder a estas perguntas quero me deter no exemplo dos quatro homens, que se dispuseram levar um amigo a Jesus. O texto se encontra em Marcos 2.1-5, confira.
Aqueles homens nos ensinam que, quando o alvo é comum, a união faz a força. O alvo dos quatro era levar o amigo a Jesus. Eles acreditavam que Jesus poderia curá-lo. Eles fizeram deste alvo a motivação. Um desafio tão grande como a evangelização de nosso estado, deve ser o alvo de todo crente e de toda igreja. Temos que acreditar que a cura física, emocional e espiritual de nossa gente está em Jesus; isto deve nos unir, isto deve nos motivar.
A união faz a força quando cada um entende que sua tarefa é importante. Aqueles amigos sabiam disto. Eles não se esquivaram, deixando o trabalho a cargo de um ou de três. Todos participaram por igual. Todos enfrentaram os obstáculos sem queixa. A obra missionária precisa ser encarada assim. Cada um precisa saber que sua participação é importante. É importante a missão do que vai para a linha de frente, o missionário, mas igualmente do que fica em oração, ou do que contribui financeiramente, ou dos que visitam e apoiam o missionário no campo. Todos precisam trabalhar com o mesmo empenho e alegria, sem murmurar ou reclamar.
A união faz a força quando todos estão dispostos a pagar o preço da missão. Você já imaginou o preço pago por aqueles quatro homens? Imagine a distância percorrida levando o amigo em uma maca! Pense em como deve ter sido difícil içar o amigo até o telhado! Visualize o grupo escavando um buraco no telhado para descer o amigo! E a descida do corpo telhado abaixo! Imaginou? O preço foi alto. Estava envolvido tempo, esforço físico e cansaço. Para eles todo este esforço era prazeroso; a vida de um amigo estava em jogo. Obra missionária não é feita sem sacrifício, sem preço. Todos precisam estar dispostos a meter a mão no bolso, a dobrar os joelhos, a visitar os missionários, a enfrentar os obstáculos sem reclamar e sem desistir. Todos precisam realizar a obar missionária com prazer; a vida de muitos amigos está em jogo.
Quando estamos unidos pelo mesmo foco, quando nos responsabilizamos e consideramos a tarefa de cada um importante, quando nos dispomos a pagar o preço, então a união faz a força. Uma união assim receberá do Senhor bênção dobrada: “Filho, perdoados são os teus pecados… a ti te digo, levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa” (Mc 2.5,11). Quando a união faz a força advirão bênçãos físicas e espirituais. Vidas transformadas, eis o resultado final.
Pr Gilvan Barbosa