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ESTAMOS PERDENDO NOSSA JUVENTUDE

Uma preocupação de qualquer líder de igreja é a juventude. A cada dia percebemos que os jovens das igrejas levam uma vida muito semelhante aos que vivem sem Cristo. Eles freqüentam os cultos, participam do louvor, enchem ginásios para shows de cantores gospel, mas no dia a dia a vida não impacta os que convivem com eles. Muitos são meros assistentes de cultos, não se envolvem, não exercem ministério algum, apenas freqüentam.

Não é incomum ouvir líderes partilhando da preocupação com os jovens que, após os cultos, saem para as baladas, rodadas de cerveja, etc. Sem falar no namoro que, na maioria dos casos, é uma relação marital. Dominados pela sociedade da sensualidade, estes são presas fáceis para o vício do sexo. Vidas assim não conseguem ser produtivas no reino de Deus.

Diante do quadro temos que nos perguntar: aonde erramos? O que fazer para salvar nossa juventude? O que estamos fazendo de errado em nossas igrejas, no trabalho com os jovens? Estas perguntas não são fáceis de serem respondidas, e não há para elas respostas simples. Encontrei algumas respostas ao ler o artigo “Três traços comuns em jovens que não deixam a igreja”, de autoria de Jon Nielson, publicado em http://www.churchleaders.com. Decidi partilhar as idéias com vocês, pois fui tocado pela abordagem, já que Nielson aborda o aspecto positivo, isto é, os traços dos que permanecem na igreja, de quem é atuante, não de quem deixou a igreja.

Para ele os jovens que permanecem na igreja são convertidos. Eles não são cristãos nominais, nem estão na igreja porque o ambiente é bom ou a música os prende, eles tiveram uma experiência de conversão, eles nasceram de novo em Cristo.

Nós temos pecado no trabalho com a juventude, porque não os estamos atraindo para a Palavra de Deus, mas para o ambiente da igreja. Transformamos os cultos em shows, com danças, músicas atrativas, mas sem nenhuma condução dos jovens a Cristo. Ao invés de levarmos a Palavra para transformá-los, transformamos a Palavra para agradá-los.

Nielson diz: “Precisamos parar de falar de ‘bons garotos’. Nós precisamos parar de estar satisfeitos com a participação no grupo de jovens e nos retiros. Precisamos começar a ficar de joelhos e orando para que o Espírito Santo faça a obra de salvação milagrosa nos corações dos nossos alunos como a Palavra de Deus fala para eles. Em suma, precisamos colocar o foco na conversão”.  Ele é ainda mais contundente: “precisamos pregar, ensinar e falar o tempo todo, orando fervorosamente para que o trabalho de regeneração milagrosa possa ocorrer nos corações e nas almas dos nossos alunos pelo poder do Espírito Santo! Quando isso acontecer… nós não vamos estar lidando com um grupo de ‘cristãos nominais’. Estaremos prontos para ensinar, discipular e equipar uma geração de líderes da igreja, que estarão com fome de saber e falar a Palavra de Deus. Serão convertidos que passarão a amar a Jesus e servir a igreja”.

Os jovens que não deixam a igreja foram equipados, não entretidos. Os encontros de jovens para comunhão e entretenimento são úteis, mas não devem ser um fim em si. Para jogar eles poderão ir a um ginásio de esportes ou academia, não precisam de igreja para isto. Um encontro com outros jovens em uma pizzaria é sempre bom, mas não pode terminar aí. Os encontros para diversão e entretenimento devem ser meios, não fim. Os jovens precisam ser discipulados, equipados, a fim de que não sejam levados por “qualquer vento de idéias ou filosofias”. Só jovens firmados na Palavra permanecem.

Nielson diz: “se eu não tiver equipado os jovens em meu ministério, eu não cumpri minha vocação parara cm eles, por melhores que sejam meus sermões”. “Se nossos jovens saem da igreja sem leitura da Bíblia, hábitos, estudo bíblico, habilidades e exemplos fortes de discipulado e oração, nós os perdemos”, acrescenta.

Pergunte-se: os jovens que estão saindo de minha igreja estão fazendo diferença onde estão? Eles estão envolvidos no ministério de alguma igreja? Na Faculdade, são exemplos de cristãos?

Os jovens que não deixam a igreja têm pais que pregam para eles. Os jovens que permanecem são aqueles a quem os pais se dedicaram a ensinar a Palavra de Deus. É certo que há jovens que permanecem e que não possuem pais ou famílias cristãs, mas estes também são jovens que abrem a Palavra de Deus em casa. A igreja não pode transformar um jovem sem a ajuda de sua família, de fato a igreja é quem ajuda a família.

Concluindo: líderes de jovens, orem com toda a alma para que seus jovens sejam salvos, isto é obra do Espírito Santo. Seu trabalho é equipar os jovens para a obra do ministério, mas os pais precisam pregar e viver o evangelho para seus filhos. Como igreja, somos agência de salvação não de entretenimento.

Pr Gilvan Barbosa

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