Um canto para leitura e reflexão

Posts marcados ‘deus’

SEU NOME NO NOME DE DEUS

Deus

 

Algumas pessoas conseguem viver uma vida cristã tão autêntica que seus nomes associam-se ao nome de Deus. A comunidade olha a pessoa e a chama de “crente”, de “irmão”, porque suas ações indicam um compromisso firme com o Senhor. São pessoas que se tornam referência de fé e integridade cristãs. Isaque, lá no Velho Testamento, é uma destas pessoas. Após a vida de Isaque Deus passou a apresentar-se como “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”. Isaque teve seu nome no nome de Deus para as gerações futuras.

O que fez de Isaque esta pessoa especial a ponto de Deus se fazer conhecido pelo nome daquele patriarca?

O nome de Isaque, a princípio, foi uma referência negativa. Sua mãe e seu pai duvidaram de seu nascimento, por conta da idade dos dois e de Sara ser estéril. Isaque, que significa “riso” era uma lembrança da falta de fé em Deus por parte de seus pais. No entanto, Isaque não deixou que este sentido pejorativo de seu nome lhe determinasse um futuro de derrotas. Com o passar dos anos, o “riso” que era de falta de fé, passou a significar riso de alegria e gratidão ao Deus que lhe havia gerado milagrosamente.

Mas, também, Isaque descobriu que os planos de Deus em nossas vidas não são limitados por nossas fraquezas, mas são mantidos por nossa fé. Isaque mentiu fazendo sua esposa, Rebeca, passar-se por sua irmã quando foi morar em Gerar. Ele teve predileção pelos filhos, como o pai. Todavia, Isaque se guiou pela fé na promessa de Deus. Por isso a Bíblia diz: “Pela fé Isaque abençoou Jacó e a Esaú, no tocante às coisas futuras” (Hb 11.20). Os propósitos de Deus estão acima de nossos defeitos e fraquezas.

A marca do nome de Isaque veio também em consequência de sua determinação em cumprir os propósitos de Deus. Isaque não era daqueles que desistem da caminhada. No capítulo 26 de Gênesis há um bom exemplo de sua determinação. Ali nos é relatado que Isaque, peregrinando na terra dos filisteus, cavou poços, mas os filisteus reclamaram os poços para si. Isaque não foi contender em busca de razão, apenas cavou novos poços. Pelo menos cinco vezes no texto é dito que Isaque cavou novos poços. Deus havia lhe indicado um caminho, ele não iria desistir deste por nada.

Olhe sua vida, pense nos projetos, nos propósitos que você fez ao Senhor ao longo dos anos… veja quantos você largou pelo caminho! Quando você largou algo que abraçou, que disse que era importante em sua vida, você declarou que de fato não era importante.

Deus deseja que seu nome, o meu nome, os nossos nomes sejam parte do nome Dele. Ele quer que alguém ouvindo nossos nomes lembre-se e volte-se para Ele. Meu nome, seu nome no nome de Deus. Como? Não se deixe derrotar por algo negativo, viva os propósitos de Deus por fé, apesar de suas fraquezas e falhas, e… SEJA DETERMINADO EM SEGUIR O SENHOR.

Pr Gilvan Barbosa

…E FORAM FELIZES PARA SEMPRE!

A expressão “e foram felizes para sempre” ouvida por muitos de nós na infância, ao final dos contos que se nos contavam, está cada vez mais distante da realidade matrimonial. Os casamentos duram cada vez menos. O “para sempre” tornou-se para alguns anos ou até meses. E o “foram felizes” parece uma utopia, um desejo inatingível. Por que será que, mesmo dentro de nossas igrejas, os casamentos duram cada vez menos e os que permanecem por mais tempo parecem uma cruz carregada e não um caminhar de felicidade? Onde ou no que estamos falhando?

Olhando o primeiro casamento realizado por Deus, encontramos algumas respostas. Percebemos primeiramente que a ordem “deixará” foi esquecida ao longo do tempo. A maioria dos que se dá em casamento não está disposta a deixar, a abrir mão. Os que se casam, o fazem querendo continuar como eram antes de se casarem. Esquecem-se que a própria palavra “casar” traz em si o conceito de unir, tornar um. Não dá para unir sem abrir mão, sem largar hábitos. Um casamento só se torna uma união quando os dois estão dispostos a abrir mão, a largar costumes, amizades e vícios.

O fator mais grave na questão da durabilidade e felicidade no casamento está na ausência de Deus. Há uma expressão no contexto do primeiro casamento que diz assim: “então Deus os abençoou”. Sem a bênção de Deus não há felicidade, mas também não há durabilidade no casamento. As pessoas procuram as igrejas para seus casamentos não porque querem a bênção de Deus, mas porque desejam uma cerimônia bonita, o cumprimento de um protocolo social. O contrassenso é que vão à casa de Deus, à presença do que abençoa e saem sem a bênção.

É bom entender que a bênção de Deus em um casamento não é uma questão de ir ao templo e ter um pastor ou sacerdote para dizer que Deus abençoa. Quando você vai ao templo para casar-se não está se dirigindo a um posto de vacinação para tomar uma vacina com validade ad eternum (para todo o sempre). A bênção de Deus consiste em o casal dizer que está ali para que o Senhor tenha a liberdade de guiá-los, de orientá-los, e que eles estão se comprometendo em seguir e obedecer as orientações dadas por Deus em sua Palavra. A bênção de Deus é um caminhar diário com o Senhor. Tem gente querendo felicidade no casamento, mas largou o Senhor logo depois da cerimônia. Há outros que só se lembram do Senhor quando uma crise se abate no casamento. Deus é usado como dipirona: só no momento da dor.

O ser feliz para sempre é uma possibilidade. É possível ser feliz e é possível que esta felicidade seja para sempre, “até que a morte os separe”. Para tanto se faz necessário que os dois entendam que são um casal, portanto, estarão dispostos a abrir mão de posições pessoais, de desejos pessoais em função do outro. Mais que isto, os dois terão um compromisso de seguir a direção e as orientações de Deus em sua Palavra. Os dois entendem e praticam a verdade que “se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que tentam edificá-la”.

Pr Gilvan Barbosa

“NÃO VOS DESVIEIS”


Como é fácil nos desviarmos neste mundo! Ele é cheio de distrações, superficialidades, futilidades, encantamentos e desencantos. Seu retrato de banalidade? Nas últimas semanas o assunto mais comentado era a viagem de uma jovem ao Canadá. Ela foi citada por seu pai em um comercial. A garota voltou e se tornou celebridade, protagonista de comerciais e de entrevistas em televisão, jornais, etc. Tal a repercussão que uma rede de magazine, resolveu mudar o nome (coincidência, o mesmo nome da garota), e a colocou como promotora da campanha nacional. Quanta futilidade! Mas, este é o mundo em que estamos inseridos para viver o cristianismo.

O título deste texto vem de I Sm 12.21, quando Samuel adverte o povo: “não vos desvieis; porquanto seguiríeis coisas vãs, que nada aproveitam, e tampouco vos livrarão, porque são vãs”. O que Samuel queria era que o povo permanecesse fiel a Deus e à Sua Palavra, e não se desviasse, envolvendo-se com coisas vãs, coisas sem proveito, que para nada servem e também não o livraria em tempo de juízo. Recomendação semelhante é feita por Josué a este mesmo povo, quando entrou na terra prometida e a possuiu (Js 23.12,13).

É hora de repetirmos uns aos outros, olho no olho, o alerta de Samuel: “não vos desvieis”. E quando falarmos, não esquecer que desviar será sempre de alguém e de algo. O que Satanás deseja é nos distrair, nos envolver com futilidades, de tal modo que esqueçamos “de quem” somos e “para que” somos. O alerta de Josué e Samuel era neste sentido. No Novo Testamento Pedro deixa isto ainda mais patente: “mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pe 2.9).

Duas coisas, das quais você não pode se desviar: do Senhor e da missão que Ele lhe deu. Faça do Senhor seu único Deus, ame-o com todo o seu coração, força, alma e bens. Priorize a obra do Senhor. Sua missão neste mundo é anunciar as grandezas daquele que lhe chamou das trevas e da perdição, para a sua maravilhosa luz e salvação. O Senhor e sua obra de salvação, eis as duas prioridades de sua vida. Não se desvie do Senhor! Não se desvie da obra do Senhor!

 Pr Gilvan Barbosa

DEUS NENHUM E MUITOS DEUSES SÃO UMA E A MESMA COISA

PEIXES GRANDES E PEQUENOS
Preletor: Ed Renê Kivitz
Deus nenhum e muitos deuses são uma e a mesma coisa

Na esteira do pensamento paralelo de Dostoiévski, que afirma que, se Deus não existe, tudo é permitido, podemos dizer também que a pluralidade de deuses conspira contra a unidade do ser. A ausência de Deus tira do universo e da humanidade seu fundamento moral. Caso tudo quanto exista seja apenas e tão somente a matéria, a substância originária e permanente de toda a realidade, podemos viver como os peixes grandes que devoram os peixes pequenos. Quem deseja tomar a natureza como padrão para a organização social não tem razões para dar de comer a quem tem fome. O popular já expressou sua sabedoria egoísta: quanto menos somos, melhor passamos. Deixem morrer os pobres, que desapareçam as populações da periferia do mundo, assim teremos mais água, mais petróleo, mais condições de sustentabilidade para o mundo, diminuído o número de seu maior predador, a saber, o bicho homem.

   Apenas a noção de Deus como ser moral oferece à humanidade o fundamento da solidariedade indiscriminada. Essa é uma das grandezas do relato bíblico da criação: em Adão, todos os seres humanos são um, pois sobre todos repousa a dignidade divina. Jesus ensinou que assim como todas as moedas são identificadas pela imagem de César, também todos os seres humanos são identificados pela imago Dei.

  O fundamento ético do universo e da humanidade repousa no amor, expressão do ser divino que a tudo dá origem. Isso implica necessariamente a compreensão de que a correlação que liga o homem a seu semelhante se realiza na compreensão de uma correlação superior, a que liga o homem a Deus e Deus ao homem, cuja síntese se revela no Cristo, Deus feito homem, único mediador entre Deus e o homens.

  Essas são algumas razões porque, assim como a negação de Deus, a pluralidade de deuses inviabiliza a unidade do ser. Sendo verdadeiro que a relação do homem com Deus se manifesta na relação do homem com seu próximo, é imprescindível a pergunta a respeito do caráter desse Deus, que normatiza a relação entre os homens. Muitos deuses, muitas éticas. Muitas éticas equivale a éticas em conflito em busca de hegemonia. Como os deuses não brigam entre si, brigam seus representantes (ou se preferir, os deuses brigam entre si através de seus pretensos representantes). O monoteísmo cristão, que afirma a unidade de três pessoas numa única divindade, diz que Deus é amor, a comunhão harmônica e perfeita do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

  Qualquer Deus vestido com roupas diversas do amor é um ídolo, um falso Deus, um demônio. A dedução óbvia é que muitos deuses são artifícios para o surgimento de um único e outro deus que pretende rivalizar com o Deus vivo e verdadeiro. Esse outro deus atende pelo nome de ego humano, que, no caminho inverso do amor, mergulha para dentro de si na pretensão estúpida de afirmar a si mesmo como fundamento do universo e centro do mundo. A idolatria e a descrença, isto é, a afirmação de muitos deuses e a afirmação de Deus nenhum, são duas faces de uma mesma moeda: a absolutização do ego humano.

  Uma vez que somente na relação com seu semelhante – com quem é um – o ser humano se realiza, e que somente Deus oferece o fundamento para a unidade da humanidade, toda negação do amor, que equivale ao afastamento do outro, equivale também à desintegração do ser. Em termos concretos, Deus nenhum e muitos deuses são uma e a mesma coisa.

Data: 27/1/2012 10:19:49
Fonte: http://www.creio.com.br/2008/mensagens01.asp?noticia=967.       Acesso em: 27/1/2012

 

Nuvem de tags